Planetwork

Teste 3: porque os blogues também mudam.

http://farm1.static.flickr.com/45/264681201_a3ab27ff08.jpg

Dan Flavin, Pink Out of a Corner, 1963.

Os escolhidos de 2007:

o resultado de madrugadas de esmerada audição.


Menomena – Friend and Foe.


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Radiohead – In Rainbows.

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National – Boxer.

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Black Rebel Motorcycle Club – Baby 81.

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Working For a Nuclear Free City – Businessmen & Ghosts.

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Deerhunter – Cryptograms.


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Arcade Fire – Neon Bible.


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The Shins – Wincing the Night Away.

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Film
School
Hideout.

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The Ponys – Turn the Lights Out.

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Para o ano há mais!

Teste 2: para uma mudança anunciada.

A imagem "http://blog.nybox.net/wp-content/uploads/2007/01/chicago3.jpg" não pode ser mostrada, porque contém erros.
Ellsworth Kelly.

Teste 1: para uma mudança anunciada.

A imagem "http://photos23.flickr.com/24244336_d89fdb76b4_m.jpg" não pode ser mostrada, porque contém erros.

Crise!


Dá que pensar!

E desta o rectângulo à beira “mal” plantado, também, não se safa.


Mark Rothko,

Number 61, 1953.

Sigur Rós

1. Salka
2. Hljomalind
3. I gaer
4. Von
5. Hafssol


  1. Samskeyti
  2. Staralfur
  3. Vaka
  4. Agaetis Byrjun
  5. Heysatan
  6. Von

Finalmente no Porto!


Einsturzende Neubauten, 3/ 05/ 08.

Black Rebel Motorcycle Club, America X: Baby 81 Sessions.

4/12/07

1.The Likes Of You 2.Vision 3.The Show's About To Begin 4.MK Ultra 5.Whenever You're Ready 6.20 Hours 7.Last Chance For Love 8.American X

Novidades.

6/11/07










Sigur Rós/Hvarf/Heim

Hjmalind Instrumental
[mp3]

myspace


4/12/07












Raveonettes/ Lust Lust Lust

às voltas...

Ontem e já hoje andei às voltas por aqui. Entre o direito e a soberania. Entre o real e o imaginário.

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Para quando não sobra o tempo.

Para que ao tempo não me arreste.


Auxiliar de cabeceira.











O mundo como representação [1]

A revista Annales anunciava em 1988, uma “crise geral das ciências sociais”, resultado do abandono dos paradigmas dominantes, estruturalismo e marxismo, crise esta, que no entender da citada revista não afectava a disciplina histórica, pois se por um lado o esgotamento das suas aliadas tradicionais e das suas técnicas de tratamento lançavam a disciplina histórica em algumas incertezas, e era com base nesta indecisão que germinavam novos campos de trabalho.
Se nas décadas de 60/70, as ciências sociais como a linguística, sociologia e Etnologia, questionavam a história no seu objecto, importando novos princípios de legitimação, que retirava consistência ao empirismo da história. Esta, respondia com novos temas (rituais e crenças, atitudes diante a vida e da morte, formas de sociabilidade entre outras), que não eram mais que os territórios de algumas ciências sociais. Surgindo então uma história das mentalidades, dedicada ao estudo das aparelhagens mentais que não abandonava o tratamento quantitativo de fontes maciças e seriais, mas que usava técnicas da análise linguística e semântica, modelos da antropologia e ferramentas estatísticas da sociologia. A importância dada à maioria, a confiança na cifra e na série, o gosto pela longa duração, e a primazia concedida ao recorte socioprofissional, eram características herdadas da história das economias e sociedades, o que se pretendia então era a aplicação dos princípios de inteligibilidade já testados em novos objectos.



[1] Parte de um comentário feito ao texto: Mundo como Representação de Roger Chartier.

Rio Cunene: Planta da parte estudada pelos officiaes da canhoneira Tamega / 2.º Teneste Almeida Lima, Gonçalo Pinto, guardas marinhas Nuno Queirol e Nunes da Silva. – 1878. – 1 mapa : ozalide.

Viagem ao Cunene / João Mascarenhas Manuel de Mendonça Gaivão. - Escala [ca.1: 90 000]. – Lithographia da Inprensa Nacional, in: Boletim da Sociedade de Geographia de Lisboa, 16.ª Serie – N.º 3, Imprensa Nacional, Lisboa, 1897, p. 2.

Repetição: contínua!



Far-lhe-ei um upgrade.


Foi há 10 anos que o álbum Mezzanine viu a luz. Viu este e mais uma mão cheia de bons álbuns. Calma! Não vou fazer nenhum resumo acerca dos melhores de há dez anos, porque a memória e o arquivo de então não ajudam, mas, já que falo nisso, encontrei um aqui *(a lista é interessante, contêm boa parte do essencial, mas não a subscrevo por inteiro, trocaria algumas…). Da diversidade fonográfica referenciada pretende-se, apenas e só, repescar sonoridades de Massive Attack. Digamos que neste ano de 2007 resolvi alimentar mais uma simbólica janela, pequena por sinal, com vista para a década passada.



E se aos dez somarmos dois…

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* Pura coincidência é claro.

Working For a Nuclear Free City, Businessmen & Ghosts, 2007.


Da onda revivalista que vem atravessando o rock alternativo Working For a Nuclear Free City será, com pouca margem de dúvida, um dos florescimentos mais interessantes por entre as tendências alternativas britânicas.

Para quem conhece Happy Mondays, Ride, Stone Roses, ou Primal Scream, Working For a Nuclear Free City não irá soar de forma estranha, mas dificilmente não soará a novidade, porque o quarteto de Manchester faz-nos o favor de sumariar, sem deixar de reinventar, a estética sonora, shoegazing, típica dos finais dos anos oitenta e do início da década passada.



Depois de um primeiro álbum, homónimo, datado do ano passado, chegou, no final do Verão, Businessmen & Ghosts, proposta em formato duplo que inclui os temas do primeiro álbum e um segundo cd de novidades.

So
Para além das referências anteriormente enumeradas encontramos, sem ter de procurar muito, a presença da electrónica refinada e expansiva dos Air e laivos de um psicadelismo típico em Chemical Brothers.

Asleep at the wheel

A mistura é arrojada e o som consistente, num conjunto de pormenores que revitalizam uma atmosfera que julgava perdida nas prateleiras temporais da primeira metade dos anos noventa.


No seguimento da habilidade de fazer dos The New Pornographers o pretexto para falar e ouvir Swan Lake, pretende-se, agora, criar a ideia de que o tema central são os The Good the Bad and the Queen quando na verdade o desejo é relembrar Blur.
Que Damon Albarn nunca andou perdido na indústria musical ninguém terá dúvidas e que nessa mesma industria os Blur sem Graham Cox não mais voltaram a ser uma banda de roturas, também não deverá ser ideia merecedora de grande contestação.
Ora isto para dizer que The Good the Bad and the Queen, que lançaram o primeiro trabalho, homónimo, neste ano de 2007, são uma continuação da espinha dorsal criativa de Damon Albarn, os Blur, e onde tenta, num projecto com intervenientes galácticos, disfarçar a curva descendente de uma carreira que, de um ponto de vista criativo, se vem eclipsando desde o lançamento do álbum experimental 13 (1999), obra maior, onde reforçou a qualidade musical e a versatilidade estética, que o conduziram aos escaparates alternativos, num percurso apenas possível pelo trabalho conjunto do quarteto. [1]

Desse período ficam as memórias, do presente a certeza de que o quarteto, desfeito em 2002, já se vai encontrando para desfrutar dos prazeres dos lanches Londrinos e que o futuro dos The Good the Bad and the Queen deverá passar pela feitura da sua curta história.

De relevante permanecem os Blur:

Popscene [mp3]

Tender [mp3]

Out of time [mp3]



[1] E ainda temos os Gorillaz. Independentemente de ser um ponto a favor da versatilidade de Damon Albarn não é um ponto alto de criatividade. Muito show off e pouca musica…

The New Pornographers são um projecto de Vancouver, criado na segunda metade dos anos noventa (1997), com quatro álbuns lançados, e que viram crescer o número de mortais capazes de lhes reconhecer o nome após o lançamento de Twin Cinema (2005).
Despertaram-me a atenção, apenas no corrente ano, não pelas poucas musicas que lhes conhecia, mas pelo facto de Dan Bejar, membro dos interessantes Destroyer e dos excelentes Swan Lake fazer parte do projecto (nestes últimos na companhia de Spencer Krug dos, não menos interessantes, Sunset Rubdown e igualmente excelentes Wolf Parade).
O entrelaçar dos projectos, indie, que nos chegam do Canadá não fica por aqui, mas os por agora referidos são suficientes para concluir que o mais interessante nos The New Pornographers são, para além de algumas músicas, os projectos paralelos que alguns dos seus elementos mantêm, com rasgo criativo bem acima do evidenciado nos The New Pornographers.
Embora com álbum editado no passado mês de Agosto e ainda por escutar, ficam alguns temas de Twin Cinema e o desejo de ouvir músicas novas, para ontem, de Swan Lake e já agora Wolf Parade.
Em suma, um post onde os The New Pornographers são pretexto para chegar ao entrelaçado que verdadeiramente importa.

The New Pornographers - The bleeding heart show [mp3]
The New Pornographers - The bones of an idol [mp3]

[FlavinRed.jpg]

Vá-se lá entender…
Vá-se lá entender o que se teoriza, sem pestanejar, sem espaço a contraditório. Porque esse espaço, também, deve ser salvaguardado por quem teoriza.
Distorções de interpretações e sei lá mais o quê. Por vezes, fico espantado com o que, supostamente, construo mesmo não sabendo, na intenção, que o construí. Pena é que esse espanto, que deriva da suposta construção, da espécie de interpretação, nada traga de positivo.
Limitações de formação.
Razão tem o Agostinho « […] toda a nossa habilidade é tornar a ser crianças para ver como é que sai a cama de gato.»

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21/11/07.

[Não se nega, nos parágrafos anteriores, a aptidão individual para interpretar, reinterpretar ou reinventar o observado, de forma singular. A crítica vai no sentido de achar, por exemplo, que o observado, ou pensado, por mim não é passível de ser interpretado da mesma forma por terceiros (nem o semelhante é igual). Também se critica, em casos de duvida, a tendência para um negativismo interpretativo que não me merece mais comentários.
É a minha perspectiva, singular, acerca do observado, dependente da minha experiência e passível de critica.
]

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22/11/07.
Longe de preciosismos e para que não se desenvolva um processo de masturbação intelectual, dou por concluída a adição de palavras a este já extenso conjunto de frases. Mas não deixo de me abster de o intitular para, que acerca dele, não diminuam as probabilidades, criativas, de teorizar.

[Francis+Picabia.jpg]Francis Picabia


Prolegómeno para uma representação da representação.
Ou então,
fosse eu criativo,
desconstruía a alegoria e criava uma fábula.

Falácia

«Base de Dados de Conhecimento do Blogger[...]»

Caribou,

Andorra, 2007.

Melody day [mp3]

Radiohead

Depois do aguardado raiwbowns eis uma sessão para cibernauta ver com versões de New Order e Smiths.
Sempre dá para ouvir o Thom Yorke num registo diferente…


Ride

Desenganem-se os leitores que pensam que por aqui apenas passam coisas novas. Aqui fica a recordação de uma banda de referência no início dos anos 90. Desintegrou-se há muito, mas continua a influenciar as novas e velhas gerações que por aí andam a fazer música, nova! Mais ano menos ano reaparecem para uma daquelas reuniões que nos últimos tempos andam muito em voga. E estes bem que valiam a pena…


Resposta a uma modinha (terça-feira, Novembro 13, 2007).


Escolhi entre alguns que andam à mão. Trabalhos de ideias incontáveis num só parágrafo. Parágrafos de ideias inarráveis num só trabalho.
O excerto foi matematicamente retirado da página 161 (incluindo a 5ª linha) de O Ultramar Português no Século XIX (1834 – 1910), da autoria de Silva Rego [1] e editado pela Agência-Geral do Ultramar em 1966.
O parágrafo seguinte corresponde a uma citação do autor ao Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa [2]. Alínea onde fica patente um dos momentos (1876) de diversificação no estudo das ciências, em particular das geográficas que então tinham um carácter mais geral e aglutinador de saberes, no seio da então recém criada Sociedade de Geografia de Lisboa (1875).

«Na última sessão deste ano, realizada em 29 de Dezembro, criaram-se mais secções de estudo, presididas todas por eminentes homens de ciência: de náutica, de geografia matemática e física, de geografia médica, de antropologia e ciências naturais, de geografia politica, de etnologia e viagens e, finalmente, de geografia histórica e arqueologia.»



[1] Professor do Instituto Superior de Ciências Sociais e Politicas Ultramarinas.

[2] Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa, n.º 1, Dezembro de 1876, pp. 48-51.

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Masato Nakamura




Allan McCollum



The Handsome Furs, Plague Park, 2007.





What we Had [mp3]

myspace

Tunng, Good Arrows, 2007.







Bricks
[mp3]

XVI

Falácia do rentável.

«ao serviço da falácia o pensar unificado na redoma do rentável é pensar manipulado enterrado o machado de guerra sob o peso da algoz propaganda dão-se loas a quem nos encerra na servil condição de demanda como a negra escuridão que sonega o existente muita luz torna indistinto o que está bem evidente .»

O arroz de quinze já era. Queremos é tudo o que tem aloé vera.

Num passado recente o político que cavava o infortúnio precisava de atravessar um deserto para regressar às lides politico-partidárias. Por estes dias o politico engenhoso mais não tem do que dar uma volta pela serra de Sintra, ou aproximar-se do sopé do Marão, para que a importância dos actos praticados se relativize. Aparentemente ausentes, mas longe de serem esquecidos.
Na realidade não estão, nem se vendem, ausentes. Os capatazes dizem que andam absorvidos por novos desafios, projectos e blá, blá, blá… para que pareçam empenhados no inevitável e desinteressados daquilo que mais desejam.
Isto para dizer que a sociedade em que vivemos parece cada vez mais permissiva ao erro que deriva da incompetência, da negligencia, de quem serve, ou se serve, da causa publica. Um país que teima em permanecer amnésico de ideias (caso existam não parecem ser alvo de divulgação), num presente enterrado em consumos, na loucura do spread e no saco de compras do vizinho que vai cheio de aloé vera. Tudo o que está para lá do ambicioso umbigo não é alvo de atenção. A visão castrada não lê conjuntos, não observa ciclos. Vivos, perdidos em movimentos de cor, na agitação das rotinas.
Talvez nos desejemos, permitamos, assim.
Para os milhões de cenários individuais são criados, forjados, líderes políticos, que vão e vêm com as suas mascaras de múltiplas cores. Embora cada vez mais visíveis no parecer permanecem imprecisos nas intenções.
È nestas alturas que vale a pena recordar a canção: «O que importa é saber onde raio se oculta o poder.»

Porreiro…[a Murganheira é mesmo fixe] pá.

Já temos tratado. Bom! Aguardemos ansiosamente pelo referendo irlandês. Único! Por cá, debitam-se vivas ao tratado de Lisboa. De Lisboa! Por cá… parece que os políticos da velha Europa decidiram, emendaram, a origem das maleitas que condicionavam o visionado progresso. Debelaram? Não se fala de constituição. Fala-se… de um tratado, harmonioso, a celebrar entre os parceiros políticos da União. E assim se pretende convergir. Ou…será antes uma conversão? Agora só temos de esperar, pacientemente, pelas novas que mais cedo ou mais tarde vão surgir nos actos de milhões que compõem a União.

Film School, Go Down Together, [mp3],

lançado, algures, no mês passado.
myspace

The Most Serene Republic, Stay Ups [mp3],

16/10/07.

myspace

Coisas dissociáveis:

não é pela letra mas sim pelo ritmo.


XV

Beirut, A Sunday Smile,[mp3],
07/10/07.

False-color view of Enceladus

Hoje, quando resolvi fazer a revista de imprensa, consegui dar mais uns passos para a manutenção de um ritmo convergente ao afastamento das leituras de imprensa.
Não me vou repetir, porque não nos quero cansar, com a ausência de factos, com as opiniões de gente de quem nada se sabe e de quem se percebe o desempenho de uma função nada informativa (num sentido noticioso e esclarecedor), muito menos vos quero maçar com os recorrentes e inquietantes sensacionalismos.
Quero-vos antes falar do resto, do que está para além daquilo que não nos interessa. Dizer-vos que se nota a falta de gente competente na arte da escrita jornalística, confiável num sentido profissional, quando é chegado o momento de praticar o acto aparentemente vulgar de folhear, ou linkar, um jornal. Porque se o que realmente interessa é construir um mundo mental, para distorções bastam as inerentes à nossa interpretação. Dispensamos que outros, mandados por outros, nos digam o que devemos dizer, embora façam parecer que do acto de pensar, de que à muito nos tentam livrar, nada ficou por dizer.
Porque haveríamos de pensar se temos alguém que o faça por nós? Se existem as máquinas X, Y e Z, que nos fazerem ganhar tempo para aquilo que realmente interessa porque haveríamos de querer comprar noticias que nos obrigassem a pensar? Esse é o trabalho do jornalista. Pensar para escrever sobre factos. Esqueçam as ideias de transmissão de informação. Desejam-nos puros na retransmissão de ruído. E nós cumprimos. Julgam-nos felizes no exercício de reproduzir os fazedores de opinião. E nós gostamos. Somos serventes de capatazes julgando ser capatazes de serventes. E nós acreditamos.

A imagem "http://valter.paginas.sapo.pt/Fireworks2.jpg" não pode ser mostrada, porque contém erros.

Foto: Desconhecesse o autor.

Não existe qualquer motivo para comemoração. A ideia consiste apenas em variar a origem e efeitos da luz.