O que dizer dos recentes comentários de Manuel Maria Carrilho acerca do comportamento, de alguns, dos órgãos de informação na cobertura da última campanha autárquica em Lisboa.
Talvez tenham sido feitas algumas das criticas necessárias a uma forma de fazer jornalismo, supostamente independente. Mas essas criticas foram demagogicamente apropriadas por um personagem, que necessita de protagonismo para reabilitar a sua imagem enquanto politico.

Por vezes (ou quase sempre), em política, o que parece não é.
…e Carrilho nunca parece.

The Eraser

Pat Oliphant, New York Times

Tony Auth, New York Times

São Paulo, exemplo da fragilidade de um estado perante o crime organizado.

...quando os homens impõem nas estruturas os limites indistintos do seu poder.

Com a melhoria das vias de comunicação rodoviárias, em Portugal, temos assistido a uma diminuição das distâncias relativas. O preço a pagar pela construção de algumas auto-estradas é demasiado elevado, apenas porque se insiste em perpetuar a máxima: “o maior número de quilómetros utilizando o menor número de recursos”. Mas ninguém porá em causa os benefícios que derivam da aproximação das populações a bens e serviços.

Por isso é de lamentar que alguns cidadãos se deixem manipular por protestos politizados contra o encerramento de algumas maternidades. O discurso da distância não faz sentido e os hospitais centrais estão naturalmente mais bem equipados. È uma racionalização de recursos, tirando partido das infra-estruturas que foram construídas nos últimos anos. Onde está o drama?

No passado andava meio país preocupado com a ausência das auto-estradas e agora que chegaram queixam-se dos seus benefícios. Vá-se lá perceber…

Fernando Botero, La Siesta
Bom fim-de-semana.

Depois da ministra da educação, Maria de Lurdes Rodrigues, ter anunciado que os alunos que concluírem o 12.º ano vão passar a receber um diploma, fiquei mais confiante no futuro dos jovens diplomados.

È que um diploma vale muito mais que um mísero certificado de habilitações.

O direito a ser informado e o dever de informar.

Como resistir aos danos informativos provocados pela imprensa gratuita que se tem difundido de uma forma mais intensa nos últimos tempos em Portugal.
O princípio de ser informado gratuitamente, aparentemente, não é mau, mas, o preço a pagar é demasiado elevado. Refiro-me à quantidade abusiva de publicidade, à forma simplista de abordar a noticia, onde quase tudo se reduz a um conjunto de banais curiosidades, que gravitam no universo das coisas absolutas. Forma menor de representar os fenómenos, onde o difícil é discernir entre o essencial e o acessório.

O problema não reside na gratuitidade do produto noticioso, pois não faltam exemplos de jornais pagos que transformam a notícia em novela e vendem o boato por notícia. Importante é saber onde reside a fronteira entre a notícia, factual, objecto que pode ser trabalhado pelo jornalista segundo princípios metodológicos e deontológicos, e o entretenimento, onde a noticia não é mais do que um meio para chegar a uma especulação lucrativa.

A questão é relevante porque existem demasiadas pessoas a consumir, inconscientemente, produtos de entretenimento como se de noticias se tratassem.

Jeff Parker, Florida Today.

Radiohead...


O regresso.

Copenhaga, (05-06-06).

Na lua dos mares de areia.

Agora sim, existe unidade.

Com a realização, no passado fim-de-semana, de mais um congresso do CDS-PP, ficamos esclarecidos, caso ainda existissem duvidas, acerca das qualidades politicas dos senhores que influenciam as decisões no interior do partido popular e, que por sinal, também ocupam lugares de relevo em órgãos de soberania.

Será com este espírito e atitudes que estes senhores pensam voltar ao governo do país?

As famílias partidárias brindam-nos, regularmente, com excelentes exemplos de governação interna. Por isso, não temos de ficar surpreendidos, quando confrontados, com os desempenhos miseráveis que muitos dos políticos demonstram ao serviço da nação.
O importante é ter memória…
…demasiado volátil em política.

Exercício de demagogia

Professores a prepararem aulas de substituição!!! A prepararem aulas que não vão dar?

Declaração do Secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, ao jornal Publico:
«A lei não o obriga e o princípio que se institui é o do dever de avisar. Mas há também faltas [uma minoria] que, em termos legais, dependem obrigatoriamente de autorização prévia do conselho executivo, como a frequência de acções de formação. Nestes casos, se o professor não comparecer e não entregar o plano de aula, poderá ter falta injustificada, por prejuízo para o serviço»

Os professores que faltam de uma maneira irresponsável, contribuindo de uma forma exemplar para a formação dos seus alunos, representam, e vão continuar a representar, a maior percentagem do número de faltas.

Será este o incentivo necessário para que todas as faltas acabem por ser justificadas com recurso a causas inesperadas? Talvez, tudo isto, não passe de mais uma acção de propaganda, na versão mais populista, para desviar a atenção dos principais problemas que afectam educação.

Reflexão II: somos cidadãos bem informados?

ALDEIA GLOBAL

Anda eufórica toda a gente com a era da informação
fechada em casa ligada à rede ou grudada à televisão
na vertigem das notícias em constante circulação
sempre mais e mais depressa tornou-se a grande obsessão


"é a aldeia global" - explicam num júbilo imbecil, prontos a desfilar o rosário de maravilhas dos novos tempos, sem discernirem que aldeia sempre foi o sinónimo de isolamento e conformismo, de mesquinhez, aborrecimento e mexerico e que, de qualquer modo, o que verdadeiramente importa se mantém secreto.

Do além-mar ou da máfia julgam que tudo se pode saber
econonomia ou política ? O difícil é o escolher
crimes de sangue relatos de amor são mais fáceis de perceber

"é a aldeia global" - explicam num júbilo imbecil, prontos a desfilar o rosário de últimos acontecimentos, sem discernirem que, contrariamente ao mundo observado directamente, em que a relação com o real é absoluta, estão a consumir meros resumos simplificados da realidade, manipulados num fluxo de imagens de que são simples espectadores e cuja escolha, cadência e direcção não controlam nem têm possibilidade de verificar a veracidade e em que, finalmente, no frenesim meticulosamente planeado de dados surpreendentes, o que verdadeiramente importa se mantém secreto.
O que importa é saber onde raio se oculta o poder.

[Adolfo Luxúria Canibal / Miguel Pedro]

Reflexão I

Não é uma novidade, mas é um facto bem presente nos últimos tempos.

O que pensam do uso de menores em publicidade?

146 Milhões de crianças, com menos de cinco anos, passam fome nos países em vias de desenvolvimento.

A UNICEF denuncia que a percentagem actual de crianças subnutridas, nestes países, é de 27%, mas se recuarmos quinze anos esta percentagem é de 32%, apenas mais 5%.

Dá que pensar.

Quase dado…

Vincent van Gogh, L'Arlésienne, Madame Ginoux, 1890
Vendido, ao final da tarde de ontem, pela leiloeira Christie`s, L'Arlésienne, Madame Ginoux, rendeu a módica quantia de 40,3 milhões de dólares.

Fiquem atentos às próximas oportunidades.

Investir na Bolívia


Nacionalização dos campos de exploração de petróleo e de gás na Bolívia decretada pelo presidente do país, Evo Morales, durante o fim de semana.

Estava convencido que teria de esperar mais alguns anos para assistir em Portugal a manifestações, por motivos laborais, com mais de 30 mil pessoas.

Parece que ainda não está tudo perdido.