A cada dia que passa custa mais aceitar conflitos como aquele a que assistimos neste momento entre o Líbano e Israel, ou se preferirem, entre o Hezbollah e Israel.
O tempo e o conhecimento vão deixando pouco espaço para compreender as razões que conduzem ao gerar de tanto sofrimento, principalmente o daqueles que são envolvidos no conflito e que dele não podem fugir.
A revolta é cada vez maior, porque não dizer raiva. Estou farto de políticos corruptos que forçam banhos de sangue apenas para se poderem afirmar, dentro do género primus inter pares. Farto dos que são proclamados, ou se auto-proclamam, enviados de um ser maior que lhes incumbe, ou permite, a tarefa de torturar, matar, massacrar até saciar. Farto de políticos que apenas existem para provar uma qualquer evolução de um outro Despotismo Esclarecido em pleno século XXI. Farto de ver o deserto da guerra e o das ideias. Farto de olhar para o tempo em que vivo e não encontrar um legado substancialmente digno das gerações futuras, que lhes permitam acreditar que é possível, que vale a pena, construir algo melhor.
Propaganda de outros tempos…
Especulação.
Ao pensar que conhecemos a forma como operam e se organizam os estados, nas suas relações de poder com outros estados, devemos considerar que aquilo que observamos e definimos como presente, por vezes, representa um estádio passado. Evoluiu longe do nosso olhar. Não me refiro às bombas que matam ou distraem, nem aos figurantes políticos, mas sim ao momento em que se define aquilo que se pretende de um dado território, o que se vai fazer para alcançar um determinado objectivo e depois... Qual a estratégia de comunicação. Falo-vos da Real Politik.
Disponibliza-se a mensagem, necessária para que nos possamos considerar cidadãos informados.
É importante pensar que conhecemos a sociedade em que vivemos e o modo como esta se relaciona com o mundo.
Lá vamos conhecendo, cada vez mais e melhor, mas temos de pesquisar, não aceitar como adquirido aquilo que simplesmente nos é dado. Ou então? Entorpecimento, nevoeiro...
Conhecemos a história, ou mais uma estória da história, das ditas relações. O facto passado que se difunde como se de um acontecimento presente se trata-se .
E tudo por causa do rapto de dois soldados...
Raptados na Palestina, já passaram pelo Libano e há mesmo quem garanta que estão a caminho do Irão. Pois, eu acredito. Claro que sim. Mas...
se Israel se distrair o Hezbollah e o Irão fazem o resto.
Raptados na Palestina, já passaram pelo Libano e há mesmo quem garanta que estão a caminho do Irão. Pois, eu acredito. Claro que sim. Mas...
se Israel se distrair o Hezbollah e o Irão fazem o resto.
Momento choque…
Abri uma página on-line, pertença de um dos mais conceituados periódicos nacionais, e fiquei desorientado com a informação que ali se disponibilizava. Um daqueles momentos em que não temos bem noção do que está a acontecer, talvez por não assimilamos instantaneamente a venda do trivial como fundamental.
Pois então, como noticias do dia, destacavam-se o cancelamento da abertura do túmulo de D. Afonso Henriques, por ordem do IPPAR, a recomendação de restringir o uso de telemóveis em unidades de saúde e ainda o Best-Seller que conta a estória da condenação de um homem que acorrentou a mulher ao tanque de lavar a roupa.
Pois então, como noticias do dia, destacavam-se o cancelamento da abertura do túmulo de D. Afonso Henriques, por ordem do IPPAR, a recomendação de restringir o uso de telemóveis em unidades de saúde e ainda o Best-Seller que conta a estória da condenação de um homem que acorrentou a mulher ao tanque de lavar a roupa.
Com destaques destes, se calhar, é melhor continuarem a falar de bola. Assim apenas nos concentramos num tema e quando quisermos falar de outra coisa talvez acabemos por pensar em algo verdadeiramente importante.
Escárnio e maldizer
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