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A importancia do directo
Ontem, na RTP, não deixei de reter o destaque dado a uma suposta fuga de gás em Lisboa e não deixei de estranhar que a moção de censura apresentada na Assembleia da Republica tivesse sido notícia de segunda linha. Que o sensacionalismo da televisão pública cresce à voracidade da luz já é dado adquirido. Fazer directos atrás de um gás em fuga, que andou a atacar em parte incerta, numa clara manobra de desviar atenções do assunto politico do dia, é que parece ser um avanço excessivamente descarado.
Tão dignificante momento televisivo deve integrar o conjunto das experiências imprescindíveis para o bom entendimento popular de futuras reformas protodemocraticas.
Black Francis/ Frank Black/ ou outra coisa qualquer…
A propósito do post anterior uma referência ao senhor que fez dupla com a senhora Deal num projecto, esse sim, verdadeiramente grandioso! O renascido Black Francis, de quem também já conhecíamos a sequela Frank Black, editou, no segundo semestre do ano de 2007, Bluefinger (constando que já prepara nova edição de originais). Fica a referência, o respeito, à já longa obra redigida.
Captain Pasty [mp3], 2007.
Angels Come to Comfort You [mp3], 2007
The Breeders
já não criam grande expectativa, mas merecem uma respeitosa curiosidade. O primeiro avanço em 2008, We're Gonna Rise, não acrescenta um milímetro a uma fórmula que já foi de sucesso, nos anos 90, por entre os escaparates da não menos mítica 4AD.
Em Abril chegará o que falta escutar de Mountain Battles. Aguardemos.
De 2008, quase nada.
Na ausência ficam umas quantas repescagens de 2007.
Broken Social Scene Presents Kevin Drew - Aging Faces / Losing Places
Iron & Wine - The Devil Never Sleeps
O regresso do iberismo, ou um novo mapa da regionalização.
Publicado no Financial Times de 13 de Outubro de 2007.
Ainda não tinha visto esta obra de geografia politica contemporânea, mas ficou porreiro, pá! São as campanhas de divulgação da imagem de Portugal lá fora a produzirem os seus efeitos. Se não tivessem sido investidos tantos milhões de euros ao longo dos últimos anos o mais provável seria aparecerem, apenas e só, os topónimos Algarve e Praia da Luz. Assim sempre se fica a saber que existem mais algumas localidades, nessa pitoresca província espanhola, ligadas por estrada.
Pode ser que se estenda o “alto astral”, proporcionado pelas receitas turísticas na Andaluzia, ao restante território do sul da Ibéria.
Este tipo de acção garante um importante auxílio às iniciativas do governo da nação portuguesa, que tudo tem feito para que o acerca do Allgarve se construa uma nova consciência geográfica.
Só foi pena o recorte ter sido feito tão a sul… Sempre teria a sua graça ver o topónimo “Spain” montado entre o Cabo Raso e Alcochete.
Por ordem alfabética e para memória futura.
Mais alguns registos editados em 2007 e que são para continuar a ouvir no ano que agora se inicia.
A place to Bury Strangers, A place to Bury Strangers. -