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As coisas acontecem, sucedem e a gente aproveita ou não. Há um jogo de meninos que, em Portugal, se chama cama de gato (...) eu acho que na vida o que há, é um jogo perpétuo de crianças com a cama de gato, que a vida vem de vez em quando e apresenta-nos o problema, olhamos e vemos como havemos de tirar, depois metemos os dedos, fazemos assim e sai outra coisa. È que toda a nossa habilidade é tornar a ser crianças para ver como é que sai a cama de gato. Agostinho da Silva
13 comentários:
Isto não é um comentário!
«This blog does not allow anonymous comments.» Isto também é uma chatice!
Tal como o silêncio os comentários vazios são uma mensagem. Think!!!
Ps- Gosto das músicas que colocas no blog
Caro Luís,
deixo ao seu critério algumas questões relacionadas com uma das frases que aqui deixou:
«Tal como o silêncio os comentários vazios são uma mensagem.»
Gostava que me esclarecesse o que entende por «comentários vazios» e a relação destes com o silêncio. Já agora, como explica que «os comentários vazios são uma mensagem» se o vazio não contem volume.
Não me perguntaste a mim... respondia-te já!
Não foste tu que proferiste a dita afirmação. Filósofa.
Só se pode cogitar acerca das próprias afirmações?
Cogita sobre aquilo que bem entenderes.
Nesta janela não é necessária a bênção de nenhum dos seus autores para matutar.
John Cage é um compositor norte-americano. Uma vez, em concerto, a assistência nada ouvia, mas via o pianista executar determinados movimentos, tal como se estivesse efectivamente a tocar. O silêncio “visto” era bastante poderoso, a peça musical transformou-se na mais célebre música do repertório deste compositor. Ele marcou o Séc. XX e, pelos vistos, ainda vai definir uma boa parte do presente, não era, na realidade, silenciosa. Nas primeiras aparições ao público surgiu sob o signo da filosofia “near silence” do trio formado por Radu Malfatti com o violinista Phil Durrant e Thomas Lehn, o homem que reabilitou o velho EMS Synthi A, existe o mito que conta que Malfatti chamou a atenção deste último para o facto de se mexer excessivamente enquanto articulava as suas quase imperceptíveis filigranas de som sintético: «Contigo a abanar dessa maneira, não é silêncio com certeza o que fazes.»
Saindo do campo da música. A importância do silêncio no oriente é de tal forma enorme que profere tanto quanto uma frase, ou mais ainda: O silêncio a que me refiro, “faz falar pouco para ouvir muito”, como o nosso conhecido provérbio “o silêncio é de ouro”. A bruta urgência de se vulgarizar em palavras vagas vai diminuindo progressivamente, mas é melhor não dispersar para não tornar o meu comentário confuso. Questiono, quantos livros volumosos leu que não têm conteúdo? Quantos silêncios ouviu cheios de significado?
A frase que proferi pode ter duas interpretações: a primeira mais imediata, a que o leva ter elações negativas é que o que produz não tem efeito nos leitores ou que eles não se interessam pela informação que divulga, ora não se deve subestimar os nossos leitores, nem tão pouco rebaixarmo-nos ao gosto popular. Para isso é que se deve procurar saber qual o público alvo que queremos atingir, e a partir daí realizar uma estratégia de modo a conseguir “levar água ao moinho”.
Mas, caro Midas, a minha intenção não foi denegri-lo foi confortá-lo e dizer que o silêncio tem valor, pode não haver comentários mas com certeza que consegue chegar a muita audiência e dessa forma transmitir as suas ideias geniais, o que se passa é que eles talvez não saibam corresponder às suas expectativas e aí o silêncio, é uma mensagem que, não eu mas o senhor tem de interpretar.
Caro Luís,
apenas lhe quero dizer que falamos de coisas diferentes. As questões que coloquei estavam directamente ligadas com aquilo que afirmou e acabou por não justificar (de forma alguma) as relações que estabeleceu.
Apenas fiquei curioso com aquilo que afirmou. Só isso.
No que diz respeito às questões que coloquei compreenderá que não poderei responder pelas suas afirmações. No máximo poderei questiona-lo na esperança de ser esclarecido.
Mas como já disse falamos, certamente, de coisas diferentes.
O resto são questões paralelas.
Expliquei que os comentários vazios são simplesmente vazios, o silêncio é um vazio, na minha concepção, o protótipo de silêncio é algo que não se ouve, não se lê e não se cheira, mas pode ter significado, "We leave by metaforic words" se não entende uma metáfora o seu sistema cognitvo que trata da linguagem pode estar um pouco afectado e as concepções desligadas. Aquilo que disse é apenas o que disse.
Já agora, podemos comentar os comentarios dos outros, podemos interpretar o que os outros dizem, e não só o que apenas dizemos como se fossemos donos da verdade absoluta!
O paralelismo poder-se-á encontrar no infinito?
Questões paralelas e comentários que se cruzam sem se reconhecerem...
Um comentário vazio pode significar vontade muita...
Esqueçam-se as questões menores. Partilhem-se opiniões e discutam-se ideias. È para isso que existe esta janela.
Mas a discussão neste post, por mim, está encerrada.
Antitese
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