Mudança de Margem no Atlântico Sul

«O interesse pelas possessões do continente africano como objecto autónomo de colonização teve assim a sua raiz nas tensões provocadas pela crise e desagregação do sistema imperial – funcionando conjuntamente como lenitivo ao orgulho nacional ferido e como saída de recurso numa situação politica comprometida. Mas o debate tocava mais fundo: estava em causa a própria identidade nacional, num momento em que o já secular papel do País como cabeça do império corria perigo.»1




1 Valentim Alexandre; Jil Dias, Nova História da Expansão Portuguesa: O Império Africano (1825 – 1890), vol. IX, Editorial Estampa, Lisboa, 1998, p.28.

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