Choque na Despesa Pública: a caminho da extinção.

Consta, por ai, que em Portugal a despesa pública esta a diminuir porque o Estado deixou de investir na criação. Hoje, no essencial, limita-se a financiar a manutenção das despesas que alimentam um sistema público que não parou de crescer desde a década de 70 do século passado. Se não existe vontade politica para alterar o actual estado de coisas a solução, eleitoralmente mais cómoda, passa por manter o que já existe e não criar nada de novo que implique um acréscimo da despesa pública (a agitação social a que vamos assistindo, entre governo e funcionários públicos, está longe de criar verdadeira mossa a qualquer uma das partes).
Entretanto lá vamos caminhando aturdidos pelo ruído. Por um ruído benéfico para as contas públicas, um ruído que é aquilo que não parece... Constante. Que ajuda a preencher os dias e vai sendo provocado pela utilização do verbo reformar.
Lançam-se umas quantas medidas avulsas para encher jornais, fazer opinião, criar uns quantos consensos em questões que pouco ou nada alteram o rumo político, económico e social do país. Bem, no fundo andamos todos entretidos com a suposta ideia de mudança, que no essencial não é mais do que uma forma ardilosa, usada pelo governo que lidera o Estado e a Nação, para reduzir a despesa sem ser acusado de se demitir das suas responsabilidades. Porque reformar também é uma responsabilidade do Estado.
As presentes reformas visam, em primeiro lugar, diminuir a despesa pública e não melhorar a qualidade dos serviços do Estado. O resto são excepções.

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