Um casino por conselho = Défice 0%

Por vezes procuramos teimosamente, recorrendo às nossas especificidades geográficas e culturais, as soluções para resolvermos os problemas nacionais. Muitas vezes o desenvolvimento tem entraves geográficos e culturais. Ás vezes a solução já existe e é utilizada por terceiros. Umas quantas vezes não queremos fazer nada. Neste caso temos uma solução económica e um entrave moral.

Uma das discussões interessantes, no dia de inauguração do Casino Lisboa, foi em torno da reivindicação, por parte de algumas das autarquias da área metropolitana, de uma percentagem da receita que a câmara de Lisboa vai usufruir com o negócio, a exemplo do que sucede com Casino Estoril. A autarquia lisboeta defende-se com o argumento de que o contrato é para cumprir, e esfrega as mãos de contente sempre que pensa na fonte de rendimento que representa o novo casino para as debilitadas finanças camarárias.
Para qualquer autarquia um casino é uma mais-valia apetecível .

Entretanto vozes de alerta gritam que o jogo é um vício e a causa de grandes maleitas sociais. Com o crescer do número de desafortunados as criticas vão subir de tom e, nesse altura, regressará o discurso da moralidade.

Em síntese…
Feliz da autarquia que cobra impostos a contribuintes que não protestam.

1 comentário:

rita disse...

eu, pelo meu lado, ando de olhos postos nestas novidades lisboetas, e em pulgas para ver qual a reacção micaelense ao novo casino que deve abrir em 2007, aqui em PDL.
isto do vício do jogo anda um bocado despercebido por estas bandas, estou em crer que se vai dar um interessante fenómeno sociológico.

entetanto, ando a preparar quer o saquinho das moedas (para ir para as slots), quer as notas para o dito discurso moralista (caso não me saia o jackpot).