Já tiveram e querem voltar a ter.
A Igreja Católica lá vai deixando no ar a ideia de que um canal televisivo é que lhes dava jeito, o problema é que não têm lá grande feitio para o negócio audiovisual, ao contrário da concorrente Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) que anda pouco mediatizada mas eficaz, esses sim, com jeito para o negócio.
Na verdade a Igreja Católica não precisa de um canal de televisão, pois sempre que necessita de tempo de antena só tem de acenar aos canais generalistas que se curvam perante a santa audiência. Mas, a IC quer mais, as aparições anuais de Fátima, o momentâneo aproveitamento de João Paulo II e da Irmã Lúcia, não são suficientes para a manutenção dos níveis de fé. Na verdade são necessários novos mitos, que criem empatia junto das novas gerações, e esse é o passo difícil, de consequências imprevisíveis.
Digamos que o dilema da IC é de certa forma comparável ao do Bloco de Esquerda (BE). O BE quer crescer, e para tal, terá de mudar parcialmente o seu discurso, colocando em risco parte do seu eleitorado de base mais radical. No caso da IC não se trata tanto de uma questão de crescimento, mas antes da manutenção dos féis que já existem.
Um canal dá jeito, o problema reside nos conteúdos. Ocupar uma frequência para insistir num discurso gasto, não.
O importante é criar novos heróis, que transportem novos valores, novas imagens, até podem ser os de sempre, mas com novas roupagens. E depois, com a naturalidade de sempre, surgirão os novos mitos.
Sempre foram bons nisso.
Na verdade a Igreja Católica não precisa de um canal de televisão, pois sempre que necessita de tempo de antena só tem de acenar aos canais generalistas que se curvam perante a santa audiência. Mas, a IC quer mais, as aparições anuais de Fátima, o momentâneo aproveitamento de João Paulo II e da Irmã Lúcia, não são suficientes para a manutenção dos níveis de fé. Na verdade são necessários novos mitos, que criem empatia junto das novas gerações, e esse é o passo difícil, de consequências imprevisíveis.
Digamos que o dilema da IC é de certa forma comparável ao do Bloco de Esquerda (BE). O BE quer crescer, e para tal, terá de mudar parcialmente o seu discurso, colocando em risco parte do seu eleitorado de base mais radical. No caso da IC não se trata tanto de uma questão de crescimento, mas antes da manutenção dos féis que já existem.
Um canal dá jeito, o problema reside nos conteúdos. Ocupar uma frequência para insistir num discurso gasto, não.
O importante é criar novos heróis, que transportem novos valores, novas imagens, até podem ser os de sempre, mas com novas roupagens. E depois, com a naturalidade de sempre, surgirão os novos mitos.
Sempre foram bons nisso.
3 comentários:
Acho muito bem um Canal da Igreja Católica, sobretudo se colocarem nas grelhas de programação programas onse se conte aos fiéis toda a história do nosso mui querido papa Bento XVI desde os seus gloriosos tempos em que era um jovem soldado no exército alemão aquando da II G.Mundial, ou então que explorassem melhor o escândalo financeiro do Banco do Vaticano em finais da década de 70, isso é qu`era!
Hmmm... estas são questões muito sensíveis... de facto, a IC, esteve sempre associada a organizações de origem ou actividade duvidosa... no entanto, acho que há que fazer uma distinção entre vaticano e IC, se bem que também possam dizer que são quase a mesma coisa... eu pessoalmente tenho tendência a distinguir, da msm forma q devem ser distinguidas as diversas ordens dentro da própria IC.
Gostei do blog, hei-de voltar mais vezes.
parece-me que se pode generalizar e dizer que qualquer organização que consiga movimentar influência e/ou poder e/ou dinheiro, acaba por correr o risco de ter uns elementos mais espertos que os outros a tirarem proveitos próprios, ou elementos de proveniências mais ou menos duvidosas a aproveitarem para trabalhar na sombra da dita organização (em proveito próprio e, às vezes, até da dita), e um canal de televisão para passar a mensagem, vem sempre a calhar.
tanto vejo isto na IC, como nos partidos políticos (até no BE, à sua escala), como no greenpeace ou na junta de freguesia de cascos de rolha abaixo (esta última talvez com uma rádio local, e não um canal de televisão).
mas acho injusto este mau feitio só direccionado para a IC (com todas as falhas que tem, graças a Deus), parece-me que, por exemplo, muçulmanos e judeus também têm umas organizações que trompicam bastante...
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