Ilações simples.

Segundo o Diário digital, que faz noticia das declarações do Secretário de Estado da Administração Interna à rádio renascença, alterações ao código da estrada, e em particular à taxa de alcoolemia, só no próximo ano. Já todos percebemos que a sinistralidade em Portugal, relacionada com o consumo de álcool, diminuiu drasticamente sempre que aumentaram as penalizações sobre o consumo.
Já todos percebemos que se for expressamente proibido conduzir sob o efeito de álcool os cidadãos não conduzem.
E porquê?
Porque é lei e, no nosso rectângulo à beira mar plantado, a lei é para cumprir.
Quem pelos vistos não ficou nada satisfeito com o boato de um controle ainda mais apertado por parte do estado, ao combate álcool vs volante, foi o sector vitivinícola. Mas… quem é esse? É sempre bom ler uma notícia que soa a pura especulação, inspira confiança.
Pois esse senhor, que dá por nome de sector vitivinícola, devia ter vergonha e não se esconder por detrás de desculpas como a sinalização ou as condições das estradas, porque se esse senhor mudasse de ramo ou imigrasse o problema tornar-se-ia insignificante.
Quanto ao estado, se quer reduzir ainda mais a sinistralidade originada pelo filho do senhor vitivinícola, deve aumentar os impostos sobre o álcool, tal como fez com o tabaco. Ninguém duvida que hoje praticamente ninguém fuma neste país, e que daqui a uma década já ninguém vai morrer de causas derivadas pelo consumo de tabaco.
Porque haveria de ser diferente com o álcool?

3 comentários:

Sileno disse...

«O vinho é o mais belo presente que Deus fez aos homens»
Platão

rita disse...

e, se a memória não me atraiçoa (que isto para a idade já não melhora), aqui há uns poucos de anos, ameaçou-se por a taxa mais baixa do que o que está, mas depois, e tal e coiso, e o misterioso sector vitivinícola, e mais não sei o quê, e troca o passo e tal... e voltou a taxa permissiva a subir mais um pedacinho.
definitivamente, o Estado tem de se mexer: aumentar o imposto sobre as bebidas alcoólicas e melhorar as campanhas dirigidas aos mais jovenzitos, parece-me boa ideia.

dispenso as defesas oficiosas que faço por condução com álcool (o último além do álcool, não tinha seguro do carro, mandou 2 carros para a sucata e, por milagre sobreviveu), e também estou completamente farta de ser apelidada "miss saúdinha" porque quando saio (especialmente a conduzir) deixo-me ficar pela água das pedras, só porque não me apetece estampar o meu fiel carrito, nem desgraçar a vida a mais ninguém...

rita disse...

p.s.- pese embora o facto de achar o vinho uma bebida assaz simpática, o defeito é que não acompanha bem a condução.