Furo jornalístico

Ontem, pela hora do jantar, resolvi ver as notícias, liguei o televisor, começou o telejornal, e surge a notícia do dia.
Santos Cabral não é mais director nacional da polícia judiciária. Até aqui tudo bem, as razões para a mudança são facilmente perceptíveis, a confusão surge a seguir…
O Ministro diz que o director geral da polícia judiciária foi demitido, por seu lado, o director geral diz que se demitiu. Fiquei confuso.
Mas hoje pela manhã fez-se luz ao ler a edição on-line do jn. Senão vejamos:
“Convocado para uma reunião no ministério, Santos Cabral já levava uma carta de demissão, mas, mal entrou no gabinete, Alberto Costa apresentou-lhe o despacho assinado por José Sócrates e por ele próprio. "O senhor está demitido", ter-lhe-á dito o governante.”
Consta que o dialogo a partir daqui decorreu nos seguintes termos:


DNPJ: Não, não… eu é que me demito. Não quero mais trabalhar consigo, o senhor não gosta da PJ.
MJ: Senhor doutor, eu é que sou o ministro, eu é que o demito.
DNPJ: Não queria mais nada, eu disse primeiro, tome lá a carta.
MJ: O que é isto? Eu não aceito!!! Não preciso da sua carta de demissão porque eu já o demiti. Estás demitido, estás demitido, vais para a rua, nha,nha,nha,nha,nha…
DNPJ: Quem diz primeiro é quem demite. Demito-me, demito-me.
MJ: Não estou a ouvir, não estou a ouvir.
DNPJ: Aceite lá o papel.
MJ: Qual papel? O despacho.
DNPJ: Vá lá, fique com a carta.
MJ: Já disse que não.
DNPJ: Vá lá.
MJ: Não.
DNPJ: Só esta vez.
MJ: Não.
DNPJ: ...
MJ: …

E assim passaram os 15 minutos.

1 comentário:

Tia Cremilde disse...

ninguém se chama Alípio Tibúrcio...