As coisas acontecem, sucedem e a gente aproveita ou não. Há um jogo de meninos que, em Portugal, se chama cama de gato (...) eu acho que na vida o que há, é um jogo perpétuo de crianças com a cama de gato, que a vida vem de vez em quando e apresenta-nos o problema, olhamos e vemos como havemos de tirar, depois metemos os dedos, fazemos assim e sai outra coisa. È que toda a nossa habilidade é tornar a ser crianças para ver como é que sai a cama de gato. Agostinho da Silva
Alerta.
Antecipadamente informado das dificuldades que iria encontrar para conseguir viajar entre as duas maiores cidades do país, decidi enfrentar o dilúvio e dirigi-me para a estação do Oriente.
Podia-me confirmar se a linha do norte continua cortada?
Confirmo.
E quando será restabelecida?
Está suspensa.
Qual é a probabilidade de reabrir ainda hoje?
Está suspensa (retorquiu
Pois… e agora qual é a alternativa… autocarros!!! Vamos lá comprar um bilhete…
Ahhhhh!!! Apenas vos digo que já vi mercados melhor organizados. Por momentos pensei que Lisboa se ia afundar (não foi um desejo apenas uma visão), tal era o desespero das almas que por ali flutuavam.
Queria um bilhete para o Porto.
Só às nove.
Pode ser…e lá passaram mais alguns minutos de confusão até ter direito à minha garantia de evasão.
Aqui tem o seu bilhete, vá depressa, teve sorte porque ainda vai nos das sete.
Nos das sete! Bom (faltavam vinte cinco para as oito).
Chegado à paragem o cenário de entrada no autocarro tinha algumas semelhanças com o de saída do Titanic.
E foi assim que tudo sucedeu, lá deixei Lisboa no das sete quando passavam cinco das oito.
Diálogos de Vanguarda
A exposição que está patente na Fundação Calouste Gulbenkian, dedicada a Amadeu de Souza Cardoso, assume-se como uma excelente oportunidade, não só, de conhecer boa parte da obra de um nome maior do modernismo português, mas também de perceber as relações artísticas do autor; processo essencial para compreender a sua dimensão vanguardista.
A não perder.
É tarde, nem sei o quanto. Por terras tropicais a chuva é rara e quando se revela assume-se copiosa não permitindo nem sono nem sonho.
No final de mais uma volta questiono-me… sentido ou vontade? Se tivesses de escolher por qual optavas? E sem hesitar elegi a vontade (as fracções de tempo onde a escolha se processa assente em certezas dubitáveis, fruto de um “empirismo aparente”, rapidamente se desmoronam em falácias indisfarçáveis).
Na fracção seguinte hesitei, apeteceu-me, soa-me melhor prazer.
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Bianca

Diz-se que lá estiveram...em simultâneo
5 de Novembro de 2006 (07:15)
Convictions and sentences in the trial of Saddam Hussein
