Morreu um ditador.
Foi morto!
Por outros ditadores.

Porque é tempo de natal.

Passamos o ano em torno de comemorações. Recapitulações colectivas. Repetições necessárias porque a memória é curta, as vontades vão-se reformando e o imaginário colectivo não sobrevive sem inscrição. Vivemos uma terna alienação, visível, no uso de termos e na descrição dos factos; nos quais substimamos a evolução da sua aplicação e o contexto da descrição.

É importante ter memória mas é redutor predefini-la.

É sobre o natal e pronto.

Estava eu a pensar no que poderia ser um bom tema para alinhar umas quantas palavras, no dia de hoje, quando se acercou do pensamento, em jeito de conclusão, uma ideia telegráfica: o natal monopolizava e esgota todo e qualquer espaço de discussão.

Ora, se no dia 25 eu omitir o nascimento do menino, o pai natal, a ementa e os percursos familiares, o que vai restar para tema de conversar? É que no dia em que há tanto para repetir não fará grande sentido alimentar outras actualidades.

Olha! É natal.

Será por isto que se diz que o natal é sempre que o homem quer?

Só é amanhã! E se repartíssemos o espírito natalício e o saboreássemos hoje.

Mexidos de Mel

Ingredientes:
1 litro de água /1 colher de sopa de manteiga / 1 cálice de vinho do Porto / a casca de meio limão / 2 paus de canela / 2,5 dl de mel (minhoto) / 250 g de açúcar / 1 pitada de sal / 50 g de pinhões / 50 g de nozes / 50 g de passas de uva sem grainhas / 200 g de pão cacete duro.

Confecção:

Leva-se a água ao lume com todos os ingredientes atrás referidos com a excepção dos frutos e do pão.
Depois, deixa-se ferver durante 15 minutos, e juntam-se então os frutos, devendo as nozes ser picadas bastante grosseiramente. Deixa-se ferver durante mais 15 minutos.
Entretanto, tem-se cortado o pão em fatias finíssimas. Escalda-se o pão com água a ferver, mas apenas a necessária para do pão se obter uma massa, esmagando-a.
Junta-se um pouco da calda anterior a esta massa, dissolvendo-a e misturando-se tudo.
Deixa-se ferver um pouco para apurar e obter um preparado bem homogéneo e sem grumos.
Serve-se em travessa.

Momento natalício.

Porque não nos esquecemos do que é verdadeiramente importante.

Quando se apresenta um problema que não beneficia o sistema troca-se a solução por uma qualquer especulação.

Escreve qualquer coisa.
...?
Achas que é sustentável esta amálgama de conteúdos? Sem texto!

…hum!!!


«1140 […] explica 1640, como 1640 prepara 1940»

António Ferro